Não somos nós
Somos um nó
um só
Que não desata
o fio empoeirado
Novelo da esperança
Chuva no telhado
Contando o tempo
Em gotas
Em gota
Gota
escorre vidraça consciência
E eu brincando lá fora
molhando-me de paz
me vejo daqui de dentro
Ah! Como sou incapaz
Não me assisto na primeira fila
Reinterpretando-me sem script
No canto de minha última fileira
levanto-me despercebido
na penumbra dos desejos
antes do fim, planejo
meu último ato:
uma saída
Um comentário:
Sempre perfeito no trato com as palavras... Gosto muito de te ler.
Grande abraço, meu amigo
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