terça-feira, julho 05, 2011

Não somos nós
Somos um nó
um só
Que não desata
o fio empoeirado 
Novelo da esperança 

Chuva no telhado
Contando o tempo 
Em gotas
Em gota
Gota
escorre vidraça consciência

E eu brincando lá fora
molhando-me de paz
me vejo daqui de dentro
Ah! Como sou incapaz

Não me assisto na primeira fila
Reinterpretando-me sem script
No canto de minha última fileira
levanto-me despercebido
na penumbra dos desejos
antes do fim, planejo
meu último ato:
uma saída

Um comentário:

André Luiz disse...

Sempre perfeito no trato com as palavras... Gosto muito de te ler.

Grande abraço, meu amigo