domingo, maio 29, 2011

Paisagem

Todos os que são
Tortuosos caminhos são
Rotina plástica é desastre
Feito nó, pó, eclesiastes

Ontem resistente
Dormente na minha memória
Sou passado
Logo à frente
No futuro do vinho
Que o sabor tem

Comovem-me os vivos
Pois tão morte
São consortes
delirando paisagens
esquecidas paragens
Janelas de um velho trem

terça-feira, maio 24, 2011


A paixão dos amados
que arde no encontro
não cresce em tamanho
inexata medida,
que caiba no coração 

Feito palha seca
sem resistência ao ardor
caladas almas suadas
apertados abraços
esquecem do amor 
antes louvado
agora tombado
altar destruído oco de fé

segunda-feira, maio 23, 2011

Comentário sobre a questão Vida após a morte para artigo proposto pela minha amiga Ana Guimarães.

 "um conto de fadas para quem tem medo do escuro"
Stephen Hawking



Um paralelo interessante sobre essa questão encontramos na mitologia como apoio para reflexão sobre a lógica. Como aquela que afirmando que 4 elefantes sustentam o universo, alguém questionou: "mas, onde se encontram os elefantes?" O sustentáculo da racionalidade do homem contemporâneo é cartesiana mas, a passos largos, vem sendo trincada nos seus sedimentos postulados. O que se vê hoje _ e isso de certa forma velado_ é o embate entre evolucionistas e criacionistas. Os primeiros, calcados no Darwinismo, afirmam por A+ B, que a vida surgiu como que randômicamente. 


Algo como uma descarga elétrica como fator ígneo, eletrificou um caldo de proteínas as quais foram se agregando e como um "Lego" aleatório, montaram  toda essa complexa máquina que é a vida nas suas variadas manifestações.

Principalmente a manifestação do ser humano que hoje dotado de um intrincado sistema bio-psíquico, escarafuça como um aprendiz de feiticeiro, os meandros da energia nuclear sem saber o que fazer quando se vê diante de uma sequência de portas que se abrem a cada descoberta da física avançada, de que o átomo não possui apenas um núcleo mas sim desafiam os limites impostos pelos conceitos dialéticos de pequeno e grande. Já os criacionistas se referem a essa afirmação dos evolucionistas, como a teoria do relojoeiro maluco onde um relojoeiro jogaria aleatoriamente para o alto as inúmeras peças e ao cairem se juntam inteligentemente nos seus respectivos encaixes.

Os criacionistas afirmam que não é possível que não exista uma inteligência por detrás da criação; afirmação essa que traça perspectivas mais férteis para o entendimento da Vida como um continuum onde consciência corrobora realidades. Infelizmente em termos acadêmicos, a supremacia do sistema evolucionista, como uma "caça às bruxas" vem eliminando sistematicamente das bases do conhecimento humano, essa vertente que oxigena valorosas percepções da realidade. Tanto que eminentes catedráticos nas mais proeminentes universidades como Oxford, Yale, Princeton, Harvard, Stanford, etc, vem tendo suas vidas acadêmicas destruídas por essa perseguição que mais lembra um estigma que a humanidade cultiva: a Inquisição do pensamento livre, diferente, que tem como um termo raiz a palavra herege que significa originariamente alguém que ousou ultrapassar um status quo moribundo e decadente.