domingo, junho 05, 2011

Deixe a coisa ser o que é
Ser os passos mudos
De uma expressão qualquer
No fundo, todas as coisas são
Sem pensar, eu as descubro
Acomodadas no meio da incompreensão

As coisas são mutáveis
Sem pressa ou dor
Não são explicáveis
Da mesma forma que não o é o amor

Antes tudo fosse fácil
E todas as coisas fossem simples
Mas o que é, é coisa feita
Antes de qualquer entendimento
Depois que a compreendemos
Vira coisa explicada
E cada um que a toma pra si
Vê em sí que a coisa é nada

Um comentário:

Tere Tavares disse...

As palavras também passam longe de representar alguma realidade, visto que nada é o que aparentemente se nos apresenta. Re-fletir, assim a tua poesia provoca, amigo Leandro.

Abraço