quarta-feira, julho 05, 2006

Cálice

Como vinho
Assim é minh’alma tinta desprazeres
Suporto o lagar da vida
Pisoteio feridas a extrair néctar

Tonéis resguardam memórias envelhecidas
Tidas serventes à embriaguês
Sorvida como se fora vida bebida de uma só vez

Brindo só e com minha sombra enquanto é dia
Logo que a noite chegar
Junto, um convitea à lucidez
É deixado no balcão de meus sonhos

Caminhando nesta fresta faço festa com meu brindar
Agora que o desbotar me colore
Arreio minhas portas
Sou tarde
Sou último gole

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