quarta-feira, outubro 19, 2005

Aviso aos navegados

Tua ausência me preenche
Noite dia
Noite agonia
Vejo-te barco afastando
Sumindo ao longe de meu apogeu

Quem sou eu?

Remo partido
Coração navegado
Alma içada
Velas ao vento

Puro relento
É meu entardecer
Faço de conta que não é comigo
Que sinto no umbigo
Este padecer

Ondas me enjoam
Gaivotas me assistem
Navego ego cego
Me dou conta de horizontes a me rodear
Assim que me esqueço
Te lembro e grito:
Sou homem ao mar!

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