quinta-feira, setembro 29, 2011

Olhando pela janela da minha memória, revi, tão perto de mim, como se estivesse à distância de um braço, o clarão opaco das cenas restauradas pelo tempo tão relaxado de si. O mundo nunca é o mesmo quando as memórias despertam num repente de surpresa, saindo de uma pandora arquivada em algum recanto da nostalgia. Onde estava a vida quando o motim de minhas lembranças forçavam a tranca dos bloqueios da clareza cristalina ? Estaria ela ocupada demais com o nada, esse espesso fluido do inexplicável, a ponto de ocultar-me a única solidez que os pés de meu entendimento, clamam com sede de conhecimento?

Existirá um dia onde estaremos acima das memórias como um barco que flutua sem deriva, norteado por um horizonte que divide o infinito em fragmentos ainda mais infindos.

Memórias, memórias... ainda mais um pouco e inundarás meu convés com o dilúvio implacável dos registros oceânicos da eternidade. Assim que puder e o tempo deixar, fecharei a janela e o som oco do silêncio, corroerá o último fio da certeza:
sou.
Um algo que admite ser.

domingo, setembro 25, 2011

Não somos o que desconhecemos ser em período integral.
Somos o suficiente para um momento fugaz.